A cerca Viva de um lado foi uma alternativa ecologica encontrada pelo La Torre para separar a BR 367 da área desfrutada pelos hóspedes em um dos hotéis mais procurados da Orla Norte de Porto Seguro.
Bem frente, mas do outro lado da BR, a mesma cerca viva, isolando a barraca de Praia do Resort, já não se classifica com uma idéia ecologicamente correta. A iniciativa agride a natureza, um vez que, para plantar esta espécie de cerca viva, a vegetação nativa teve que ser arrancada. E mais que isso, o direito de acesso às praias está definido no Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (Lei nº 7.661/88). As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido. O acesso pode ser restringido apenas nos trechos considerados de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica.
Desta forma o que o Resort La Torre fez aqui, é uma privatização desta parte da Praia do Mutá.
REINCIDENTE
Não é de hoje que o Resort La Torre, um dos mais procurados da Orla Norte de Porto Seguro, se arrasta com questões de agressões ao Meio Ambiente. Em 2018, o Ministério Público Federal, registrou denúncia de que o empreendimento hoteleiro invadiu uma área localizada na Praia do Mutá ao lado da Cabana de Praia do Resort. A invasão foi configurada como CRIME FEDERAL punível de repressão por afronta ao patrimônio histórico e turístico de Porto Seguro.
O juiz federal Alex Schramm de Rocha determinou que La Torre apresentasse na Prefeitura de Porto Seguro projeto de readequação e requalificação do empreendimento. O último despacho, em 11 de junho de 2018, oficializa a intimação do MPF e a petição dos réus, juntada às 11h15 daquele dia. Na ação, classificada como o número 956-97.2009.4.01.3310, (o número anterior de registro é 2009.33.10.000989-2), foi listado como réu o empresário italiano Luigi Rotunno, a Nativa e La Torre Point Ltda. EPP (Cabana Banana Nativa).