Um DJ, a mulher dele e um amigo estão entre os quatro presos na terça-feira 23/07, na operação que investiga a invasão do celular do Ministro Sérgio Moro. Os dois homens são de Araraquara, no interior de São Paulo, se conhecem desde a infância e têm passagens pela polícia nos últimos seis anos, de acordo com o portal A Cidade ON de Araraquara, do grupo EPTV, afiliada da TV Globo. A terceira pessoa é a mulher de um deles, que também morou em Araraquara.
Quem são os suspeitos presos
Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos: Era DJ e já foi preso por receptação e falsificação de documentos. Ele foi condenado em 2015 a cumprir seis anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto. Na terça-feira, foi preso em um apartamento em São Paulo junto com a mulher. A família dele mora no bairro Selmi Dei, periferia de Araraquara. A defesa de Santos informou não acreditar que ele esteja envolvido nos crimes.
Suelen Priscila de Oliveira: Mulher de Gustavo, Suelen não tinha passagem pela polícia. Ela foi presa em São Paulo junto com o marido. A defesa informou não acreditar no envolvimento dela nos crimes.
Walter Delgatti Neto, de 30 anos: Mais conhecido como Vermelho, Neto foi preso em 2015 por falsidade ideológica e em 2017 por tráfico de drogas e falsificação de documentos. Ele já foi condenado por usar o cartão de crédito de outra pessoa, tráfico, estelionato e falsificação. Nesta terça, ele foi preso em Araraquara. A defesa dele não foi localizada para comentar o assunto.
Ações da PF em 4 cidades
Além dos mandados de prisão temporária que a PF cumpriu na terça-feira, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos supostos hackers e a pessoas que teriam atuado em conjunto com eles.
De acordo com a PF, os mandados foram executados nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. A autorização foi dada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.
Prisões e condenações anteriores
2013 – Santos preso por receptação: Gustavo Henrique Elias Santos tinha sido preso em 2013 por ter receptado uma caminhonete Hillux avaliada em R$ 91 mil. As placas e o documento do veículo foram alterados para que ele pudesse circular. Na ocasião, foram apreendidas na casa dele munições calibre 38 e 735, além de simulacros de armas reais.
A defesa entrou com recurso ele foi liberado. Em 2015, foi julgado e condenado a cumprir seis anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto, mas a defesa recorreu em instância superior e Santos permaneceu solto.
2015 – Delgatti e Santos detidos em parque: No mesmo ano da condenação de Santos, ele e o amigo Walter Delgatti Neto foram detidos dentro de um parque temático em Santa Catarina. Na ocasião, Santos foi ouvido e liberado. No entanto, Delgatti Neto ficou preso por falsidade ideológica, por ter apresentado uma carteira vermelha com as inscrições da Polícia Civil. Dentro do carro dele havia uma arma e munições.
2015 – Delgatti condenado por uso de cartão: Em agosto de 2015, Delgatti foi condenado a um ano de prisão em regime aberto por ter pagado a conta de um hotel em Piracicaba (SP), no valor de R$ 740, com o cartão de crédito de um senhor de 75 anos. O crime tinha sido cometido em 2012.
Fonte: G1
Por – Paulo Lima / CidadeAgoraNews