Depois de quase um ano e meio de pandemia, as férias de julho chegam com boas expectativas para o setor do turismo. Com parte da população se vacinando e com a tendência de queda nas mortes por covid-19, o recesso deste mês se transforma em alta temporada. Estados como Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e Ceará, por exemplo, esperam uma ocupação de 50% nos hotéis. A procura por viagens em agências cresceu 20% se comparado a dezembro do ano passado e praticamente 100% em comparação a julho de 2020, no auge do isolamento.
Para tentar controlar o número de pessoas e evitar aglomerações, algumas cidades restringiram o número de visitantes. No estado da Paraíba bares e restaurantes só podem funcionar com 50% da ocupação. Os hotéis também limitaram em até 80% as ocupações. A presidente da PBTur, Ruth Avelino, frisa que é importante o turista respeitar as regras.
“O que a gente sempre apela e que sempre reforça é que não adianta só o governo, a prefeitura ou o empresariado adotarem as medidas. É muito importante que o visitante, que o turista, faça a sua parte. Use a máscara, mantenha o distanciamento, mesmo que ele já esteja completamente vacinado, não pode facilitar. Esses são os cuidados que estão sendo adotados e a gente está super otimista com essa retomada”, frisa.
No Rio de Janeiro, alguns hotéis adotaram o esquema de horários alternados no café da manhã e limite na ocupação nas áreas de lazer. O presidente do Hotéis Rio, Alfredo Lopes, disse que nos finais de semana a taxa de ocupação gira em torno de 65%, o que representa uma retomada na procura.
“O Rio de Janeiro talvez seja uma das cidades que mais rápido está se recuperando dessa crise gerada pela pandemia nas ocupações dos hotéis. Eu diria que não só na cidade, mas também no interior, essa retomada deve se transcorrer durante este mês de julho”, ressalta.
Os destinos mais procurados para julho têm sido o Nordeste, a Serra Gaúcha, como Gramado, e o Rio de Janeiro. Os turistas têm optado por resorts que contam com área mais aberta e com opções de lazer e alimentação dentro do complexo. É o caso do empresário Anderson Felipe Costa, 43 anos. Ele procurou um hotel com área ampla na hora de marcar a viagem de férias para Arraial d’Ajuda, com a mulher.
“Não vai dar para poder ficar indo em todos os restaurantes, em lugares onde possuem aglomeração. A ideia é ficar mais na pousada. A gente escolheu a pousada por ser um local onde tem uma estrutura lá dentro para não ficar saindo muito. Acho que esse é o sentido”, destaca.
Outra opção de famílias têm sido viagens de carro e até mesmo dentro do estado. Em Alto Paraíso de Goiás, principal destino turístico dos brasilienses, o município restringiu a 40% o número de visitantes em parques e cachoeiras. Em hotéis e pousadas, a lotação máxima é de 65%. A secretária de Turismo, Luciana Amado, disse que a maioria dos turistas é de cidades próximas.
“Com a pandemia, o turismo interno cresceu muito. Nós temos tido muitos visitantes de cidades próximas a Chapada. Por isso que nós reduzimos a capacidade dos atrativos para 40% e dos meios de hospedagem para 65%, para controlar esse fluxo imenso”, explica.
Para o setor, o mês de julho servirá como uma prévia da retomada do turismo para o segundo semestre. Com a promessa do governo de vacinar toda a população adulta até o fim do ano, representantes da área planejam um movimento equiparado a antes da pandemia. No Rio de Janeiro, por exemplo, o prefeito Eduardo Paes já anunciou a possibilidade de retomar o tradicional Réveillon nas areias de Copacabana.
Fonte: CBN
Por – Sara Zeba / CidadeAgoraNews